Se o perigo que treme me chama
Se o medo que vende a alma
Se trasforma e se perde no drama
Dessa porta que fecha os fundos aqui
Se teu peito se rasga em chamas
Se minha boca lateja e me tranca
Se meu grito me prende e desmancha
a garganta que ferve e não clama...
Jamais
1º dia (15h00):
Eu e o Kaveira microfonamos a bateria e procuramos os volumes certos para cada peça. Após três horas fracassadas porque o microfone da caixa estava captando todo o resto da bateria, resolvemos então remover um dos tons, ficando assim com uma configuração normal, de dois tons e surdo, para podermos posicionar melhor os microfones. Porém, alguns problemas persistiram, como o volume e ressonância dos tons, fazendo-nos assim passar o dia inteiro ocupados tentando resolvê-los.
Também constatei, neste dia, para minha decepção, que a gravação sem uma linha de guitarra (somente metrônomo) não seria tão eficaz, portanto aguardei até as 20h30 a chegada do J.F. no estúdio para gravá-la.
2º dia (15h00):
Com os ouvidos descansados do insistente martelar do metrônomo, entrei no estúdio para a gravação definitiva de “Karmavírus”. Porém alguns problemas com a sonoridade persistiam, o que nos tomou metade da tarde mas foi resolvido com um estudo mais apurado da posição dos microfones, feito pelo Kaveira e o Leandro.
Após gravada a linha de batera, o J.F. gravou as guitarras sem muitos problemas, dando tempo assim para que ele gravasse a linha de guitarra para a gravação de batera para a Anjos Imaculados.
Considerações sobre a gravação da Karmavírus
Não estou muito habituado a usar metrônomo; por isso, em algumas partes, como a virada após o segundo refrão e o trecho final com o pedal duplo acentuado com surdo e caixa. Fora isso e um pouco de descontentamento com o som dos tons, acho que consegui um resultado satisfatório.
3º dia (14h30)
Resolvi chegar mais cedo pois achei que a gravação da Anjos Imaculados seria um pouco mais complicada, o que para a minha surpresa não aconteceu. Após a segunda tentativa, lá estava ela.
Com tempo sobrando, o Kaveira começou a gravar o baixo da Karma Vírus. Com apenas um pouco de dificuldade na parte final da música, o baixo ficou pronto antes da chegada do J.F, que gravou os vocais para a Karma Vírus, fazendo desse dia o mais produtivo até agora.
Considerações sobre a gravação da Anjos Imaculados
A princípio achei que teria problemas com esta música, pois ela tem algumas dobras no hit hat, e como disse, não estou muito habituado ao metrônomo, mas ao começar vi que não seria tão difícil quanto o esperado.
Em alguns trechos como o refrão, tive que “mutar” a linha da guitarra, pois estava fora do metrônomo. Tendo o resto do dia de sobra, aproveitei para encher a cara e esperar a gravação do Kaveira e do J.F.
