04 dezembro 2007

LETRAS DE "MORPHOCODA" - PARTE 2

ASILO DE ALMAS PERDIDAS

Saiba que o homem pode ver
Muito além do que se pode ter
Sinto pelo mundo que acabou
Mas de que adianta respirar

Dúvidas cobrem o meu pensar
Eterno o quanto ser
Voltas e voltas no meu lugar
Distante do que é seu

Acho que não tive um lar só meu
Um inquilino sem saber
Resta-me seguir e estar em paz
Tento resistir e não chorar


SEM LAR, SEM FIM

Negue a sua dor
Para um simples dom
Que não deixa de ser tão normal
Mostre que por que
Nunca vai perder
As vitórias que não voltam mais

Sem lar, sem fim
Queime jardim
Não há pra mim

Veja, sinta
Venda, siga
O que não sangrar
Qual saída proibida
Você vai passar?



DESESPERO & TENTAÇÃO

Limpe as toalhas de nós
Corte pelo meio atroz
Reze para não ser um dom
Crie argumentos que vão

Varra seus delírios daqui
Que não se habitam feitis
Queime essas pragas em si
Compre vaidades por mim

Mesmo que todo céu
Desabasse em seu
Desespero & tentação

Louve crueldades sem sal
Pregue por um verde cristal
Arme seus gatilhos no triz
Jogue com coelhos e miss

Musas, documentos nem quis
Perde na vontade atriz
Astes, guilhotinas que fiz
Montam meu caminho infeliz


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