04 dezembro 2007

LETRAS DE "MORPHOCODA" - PARTE 3

VALOS

Metros pra andar
Sombras pra vender
Valos soterrar
E não reaver
Contos enrolar
Perdas desfazer
Parques contratar
E não resolver

É alguém
Mais ninguém

Restos
Restos
Restos de mim

Mantras pra rezar
Versos pra dizer
Fotos pra lembrar
E não esquecer
Metros pra andar
Sombras pra vender
Valos soterrar
E não reaver



NEBULA

Cruze os dedos no fim
Contra o que não se abriu
Queime por dentro o olhar
Longe de onde perdi

Deixe o medo crer
Que não passa além
De um dia tão normal

Leve a dor
Leve o que sei
Leve a dor
A quem traz para trás

Basta ser forte no fim
Que o que é seu está ali
Pronto pra quando chegar
Perto de onde nem vi

LETRAS DE "MORPHOCODA" - PARTE 2

ASILO DE ALMAS PERDIDAS

Saiba que o homem pode ver
Muito além do que se pode ter
Sinto pelo mundo que acabou
Mas de que adianta respirar

Dúvidas cobrem o meu pensar
Eterno o quanto ser
Voltas e voltas no meu lugar
Distante do que é seu

Acho que não tive um lar só meu
Um inquilino sem saber
Resta-me seguir e estar em paz
Tento resistir e não chorar


SEM LAR, SEM FIM

Negue a sua dor
Para um simples dom
Que não deixa de ser tão normal
Mostre que por que
Nunca vai perder
As vitórias que não voltam mais

Sem lar, sem fim
Queime jardim
Não há pra mim

Veja, sinta
Venda, siga
O que não sangrar
Qual saída proibida
Você vai passar?



DESESPERO & TENTAÇÃO

Limpe as toalhas de nós
Corte pelo meio atroz
Reze para não ser um dom
Crie argumentos que vão

Varra seus delírios daqui
Que não se habitam feitis
Queime essas pragas em si
Compre vaidades por mim

Mesmo que todo céu
Desabasse em seu
Desespero & tentação

Louve crueldades sem sal
Pregue por um verde cristal
Arme seus gatilhos no triz
Jogue com coelhos e miss

Musas, documentos nem quis
Perde na vontade atriz
Astes, guilhotinas que fiz
Montam meu caminho infeliz


LETRAS DE "MORPHOCODA"

BOTA VELHA PRETA

Calço a minha bota velha e preta
Avalanches de suspiros nessa teia
Esculpidas em sereias de areia
Eu vou, eu vou

Visto as calças sujas finas entre pernas
Alfinetes divididos sob a mesa
As retinas se desviam sempre cegas
Eu sou, eu sou

Talvez o resto que ficou
Quem sabe o medo te levou
Um passo em falso e eu me vou
E posso ser o mesmo outra vez

Nos vestidos de serpentes com defeito
Cogumelos entupidos pelo avesso
A ressaca não passou, então mereço
Eu vou, eu vou

Esgotando meu viver em seios densos
Perdoados ou divinos imperfeitos
Vaidades discutidas sem certeza
Eu sou, eu sou...

NOVIDADES DO FRONT

Hello,
estamos na fase final de produção do EP.
Agora só falta o processo de masterização, que acredito eu,
não vai demorar muito.
Em breve novas notícias.